sábado, 21 de abril de 2012




A paisagem é como o esperado, superou minhas expectativas. Belíssima cachoeira que até mesmo em época de estiagem, possui um fluxo de água bem interessante.
O cenário porém é outro; podemos destacar inúmeros pontos positivos e negativos (acesso externo e interno por exemplo é positivo - embora a sinalização turística seja falha em alguns pontos), entretanto a fragilidade é a (in) sustentabilidade da atividade turística. O "mares de morros" da paisagem da Serra da Mantiqueira, os vales, entre morros é remédio aos nossos olhos.
O que acontece em Bueno Brandão-MG é que grande parte das Cachoeiras estão localizadas em propriedades particulares e no meio rural; para acessar estes recursos naturais muitas das vezes basta abrir a porteira, ir para trilha, curtir e pronto.
Ali de fato só ficam pegadas, memórias e lixo trazido pelos turistas. De vez em quando cobra-se um valor aproximado de R$2,00 por pessoa para ter acesso ao recurso natural. Em uma das cachoeiras tinha até um ponto de venda na propriedade, mas não encontrei aberto.
Fui várias vezes as Cachoeiras de Bueno Brandão e nunca fui cobrado. Na verdade não tive oportunidade de entrar em contato com os proprietários. Contato só com um grupo de turistas que vieram posteriormente depositar inúmeras latas de cerveja no "pátio" da cachoeira.
O fato é que até prefiro chamar os proprietários rurais, neste caso, de empreendedores rurais e do turismo ou de futuros empreendedores do turismo.
É um case claro sobre valor agregado e não agregado. Um simples ponto de venda ou até mesmo uma simbólica taxa de entrada( taxa de conservação, taxa de turismo etc) iria agregar valores as propriedades, envolvendo-os em todo processo de planejamento e gestão do recurso/atrativo turístico e possibilitando um manejo sustentável.
O que acham sobre o texto? Os empreendedores rurais e turísticos devem ou não receber algo em troca por "acolherem" os turistas em suas propriedades?

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